Tentarei acordar para um novo caminho e tentarei esquecer,
o escuro de tantos dias e de tantos anos, de tantas noites, de penumbras e desenganos…
Olharei o sol, por inteiro e nua… porque é isso que importa, esqueço o resto, o que sobra é lua… e eu não sou tua …
De noite, morro e não me vês.
Esse raio de sol, espreitando para mim, terá o sabor do ar novo, do calor fremente, da esperança que anuncia de volta o meu gosto de viver a quente, de ser gente.
Se assim acontecer, valerá a pena acordar, rir … beijar cantos e recantos do teu corpo, esquecer o cheiro acre do nevoeiro que vai partir.
Pois é, pequeno raio de sol da minha esperança, és feito de milhões de partículas celestes, que não serão demais para um coração como o meu, com tanto espaço para as albergar.
E quando … e se … o pequeno herói, sozinho e fraco furar a bruma cerrada e fria, teimando em não queimar em demasia almas carentes;
E quando … e se … o amor existente se julga escasso,
ou prefere temperaturas amenas e a luz de um raio mais baço,
hei-de descobrir como fazer para aquecer, para brilhar, para o nevoeiro dissipar.
“
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