segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Jardim Florido


Há dias assim, olha-se pela janela e vê-se um jardim alegre e cheio de cor. 
Ao lado, dizem-me que chove muito e que o vento sopra com força, arrasa as poucas folhas que as árvores ainda têm. Talvez chova mas eu não vejo. Sinto apenas o som de pétalas a cair na janela, não são gotas de água mas algo de alegre e colorido. Cheira bem! 
Equipas camarárias trabalham afadigadamente para limpar os estragos do temporal da véspera, parte do jardim está vedado ao acesso dos peões, o transito das ruas próximas interrompido, é o que dizem. Contam também que o céu está cinzento, mas eu olho e vejo azul, eu olho e as alamedas estão cobertas de flores, de todas as cores.
Trabalho com grande velocidade, o stress tornado produtividade, os problemas resolvem-se com leveza e eu continuo a ver tudo a cores.
Esperança de que me gostem, certeza de que há quem já goste, e que o mundo está cheio de pessoas interessantes e carentes. 
As cores são pessoas e afetos, são dúvidas e certezas, são o prazer da espera... Uma noite feliz para muitos dias felizes. Ou uma grande confusão porque tudo o que é bom tem o seu reverso? Hoje apetecia-me um café com calma... conversar de alma aberta... não sei se vou ter. Talvez consiga transformar o silêncio em flores, que caiam sobre mim em alegria... Talvez! Só amanhã saberei...
E amanhã será um novo dia, com sol e uma alameda cheia de flores. Depende de mim, semear mais cor e afastar os cinzentos desta vida.

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