Que eu encontre o equilíbrio !
Quando as perdas e as nuvens se confundirem no meu céu.
Quando o imprevisível e as ondas do mar se misturarem que nem tintas de aguarela.
Quando a visão me ficar turva de enredos, dúvidas e confusões.
Quando o que tenho para dar, surgir como dádiva inútil à felicidade alheia.
Quando nada parece fazer sentido, mesmo com uma vida de aparente boa arrumação, em que o essencial está no lugar certo ou socialmente aceitável.
Quando as minhas caraminholas se recusarem a reagir ao aconchego do Lexotan.
Quando a resignação saudável não conseguir suplantar a desilusão mesquinha.
Quando quiser ter mais do que tenho e esse mais for totalmente incorpóreo e invisível, vivente no domínio dos sonhos inatingíveis.
Quanto tudo isto estiver assim: preliquitante e instável, espero conseguir, apesar de tudo, manter o meu equilíbrio . Com esforço … talvez, mas com a clarividência da sua absoluta necessidade.
Espero não desfalecer à beira da falésia e cair, em desequilíbrio, nem adormecer nas sombras da indiferença.
Porque se tal acontecer, é sinal do fim, é sintoma de já não me saber levantar, nem luta pelo equilíbrio necessário.
O equilíbrio, aquele ponto neutro - nem bom, nem mau - mas suficiente para criar um caminho novo e sólido, saudável e feliz.
O equilíbrio como base, indispensável para se estar de pé. Para não passar para o lado dos aloucados, distraídos da normalidade.
O equilíbrio - um sitio que não nos dá nem tira nada. mas permite manter a estabilidade.
E a esperança de que - no vórtice de todos abalos e maus ventos - possa balançar para o lado certo .
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