Não há amor como o primeiro, lá diz o ditado popular!
E depois, o que fazer?
Não há amor como o primeiro, que é total, fatal...e para sempre, afinal!
O segundo é uma emoção, uma descoberta inesperada, saudável e bem guardada...
O terceiro é ebulição inicial, depois caminho aprendido, calmo, de uma intimidade feliz... Que estranhamente se evapora, quando menos o quiz. Talvez por ser feito de água salgada, vivido ao sol da felicidade, apanhou tanto calor que ao estado gasoso passou...
O quarto, que trazia tanto para dar e levou tão pouco, num transtorno emocional e belo, veio para acalmar uma perda desastrosa e caiu num desastre maior. Tropeços e soluços... Pelo meio, desvarios, gostosos e inutéis... agora rio e penso: para quê tudo isto ?
O quinto vem de mansinho, quando não fazia falta nenhuma e não trouxe nada para dar . Veio só, trazia fome e ao amor disse nada, por não saber como é. Veio só mas, num instante, juntou várias companhias - muitas almas generosas que intrigadas com sua carência, tudo lhe davam e voltavam para casa vazias.
Restam as borboletas amorosas, que vão poisando no meu ombro, que são a alegria dos dias. Se o grande A não existe, todos os que nos amam são amor...
Ai, se este círculo se fechasse, meu anjo da sorte, se houvera um último igual ao primeiro, que soubesse o valor de ser inicial e total (nunca se sabe onde fica o início e o fim de um círculo...) , então essa argola de corações amados fecharia em beleza rumo ao infinito.
E eu morreria em paz... porque tudo o que sempre quiz foi um Amor total!
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