quinta-feira, 4 de julho de 2019

Amor



Amor é palavra proibida,
Tão estafada,
Tão querida.

Proibida porque não se quer, 
não se aceita, 
porque é sinal de pressão ou de prisão, de liberdade perdida...
no coração de com quem se deita.

Amor é palavra acolhedora, deslisante e quente,
que não se sente... e, por vezes, se cala.

Entrego nas tuas mãos um legado desamorado, desfeito pelo teu temor e pela minha preguiça.
Cheguei à tua cama sem nada para dar ou para pedir.
Pedistes apenas pele e calor.
Dizes que foi pelo conforto, porque os sentidos em brasa queriam quem lhes desse calma.
Deixei disso um pouco... talvez, voltei com isso... muito, decerto.

Trazer ou levar amor continua a ser proibido.
Será que liberdade é nada proibir? Ou nessa regra do Tudo que a liberdade anuncia, existe uma exceção - o amor, única arma que a ameaça?

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