sábado, 11 de setembro de 2021

Amanhecer

 

O amanhecer de um lindo dia… de uma noite de amor!

Deslisaram suavemente nus, pele com pele, pela noite dentro… como se o tempo não fosse tempo e apenas o chão tremesse na quietude dos corpos satisfeitos.

Prolongada por um tempo infinito que lhes parecia eterno ( porque tudo é eterno enquanto dura, em especial no amor…) ficaram quietos e deslisantes, um no outro, ambos na noite escura . Cobertos/descobertos, a nudez era o manto fantástico da fantasia, tão real como fortuita, tão insegura com desejavelmente sólida… 

Sem pensar, envolvida na calidez da noite de verão sem roupa, tudo fluía sem o saberem… e também sem saberem a intimidade intimou-se com a força de uma doença pegajosa que se torna endêmica. E ao acordar não deram porque algo de novo aconteceu e que actos como estes são uns compromisso de intimidade glamorosa … que pode acabar. Nunca se sabe quão íntimo se pode chamar à força de um apego forte, sem selo de compromisso, sem visão exterior de amarras… mas que flui com conforto e com a força da união.

Se isto não é intimidade, o que é? Se não é parceria e fusão… pois eu diria que sim, é gratificante e sólido, confortável e desejado.

Amanhã será um dia com sol, assim o dizia há pouco o horizonte prometido, no seu tom de vermelho rosa com o sol a adormecer no mar ao fim na tarde.

Vai ser o amanhecer de uma linda noite, feita dia. 


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