Invernoempaz é um conceito.
Um inverno em paz é um
acontecimento real.
Um inverno em paz passou a ser o meu lema!
Decidi viver o
presente, ou pelo menos estou a tentar… Faço por aproveitar o que a vida me dá,
um dia de cada vez, saboreando as coisas boas, ficando no prazer da espera de
outras talvez melhores…
E no momento presente – o único que importa e existe – por acaso, é
Inverno.
Calhou. Podia ter decidido isto no Verão…mas não.
Coincidência… o que se passa é que é Inverno e eu estou cá, estou dentro dele, quer queira quer não. Por isso, só me resta assumir que estou no Inverno e que por ora é aqui o meu lugar, o meu ninho, o espaço que hoje me é dado para ser feliz. E é neste mesmo Inverno que eu penso, digo em voz alta baixinho para mim mesma: quero paz…
Coincidência… o que se passa é que é Inverno e eu estou cá, estou dentro dele, quer queira quer não. Por isso, só me resta assumir que estou no Inverno e que por ora é aqui o meu lugar, o meu ninho, o espaço que hoje me é dado para ser feliz. E é neste mesmo Inverno que eu penso, digo em voz alta baixinho para mim mesma: quero paz…
Foi um fim-de-semana de paz. Mais um marco na firme disposição
de ter uma vida mais calma, descontraída, sem angústias, medos e inseguranças.
Ali no Alentejo extra-lugar… onde extra-terrestres são gente que não existe, não
se vê… eu fico em paz, comigo e com os outros. Os fantasmas, que tantas vezes me
habitam, saem todos na paragem da camioneta em Évora.
Daí em diante é tudo irreal e verde, porque é Inverno, porque choveu
e eu estou em paz.
Ás vezes, as camionetas, no seu vaivém de ir e vir, não levam tudo de volta e deixam resíduos e tempestades, pequenos gravetos largados no meu caminho de paz, um
turbilhão visualizado… por dentro…por dentro onde tudo acontece…mas depois lá me esforço e olho pela janela. Lá fora tudo é grande e nada me fará mal. Se dentro de
casa me voltar a esbarrar nos despojos de merda, que podem contaminar a minha paz… eu
posso abri a porta e sair pelos campos, há uma estrada infinita que me levará a
algum lugar, muito espaço a percorrer, talvez se começar a correr lhe ganhe o
vício e continue sem parar, sem olhar para trás.
Andar, andar… em frente… fugir sem destino como o Forest Gump
é uma imagem tentadora (mas pouco prática). Apeteceu-me fugir por um momento, durante
o fim-de-semana que afinal foi de paz. Num momento difícil, olhei pela
janela, senti o impulso de partir, estrada fora e calculei o tempo que demoraria até nem sei
onde. Mas respirei fundo e pensei – aqui e agora, no momento presente que é o
único que importa, eu estou bem… logo devo continuar assim, aqui. Deixar de
pensar na migalha passada que me perturbou, esquecer as palavras e os atos
passageiros que me magoaram, já eram passado quando digeri o que ouvi, no
minuto seguinte tudo o que incomodou… já era. Logo não importa mais…passou,
esqueceu… E o futuro assusta? Quanto a esta migalha de fanico, não me parece que venha a ter consequências. Por isso, esqueci e parti em frente… porque eu quero mesmo e
vou conseguir um Inverno em paz.
Sem comentários:
Enviar um comentário