Alegria, com se
fossem borboletas na barriga!
Que sensação
boa, um formigueiro que não é fácil de descrever. Não é amor nem paixão, nem qualquer
outra confusão.
Apenas alegria, tão só, por saber alguém feliz. Uma alegria que,
a bem dizer, não me pertence, mas que sinto dentro de mim. Um misto de
excitação contida com nervoso miudinho ... talvez, uma certa efusividade. Mas
porquê, se não é comigo?
Por que razão
sinto tanto uma alegria que não me pertence? Quando imagino um amigo feliz, numa
promessa de afectos pluri-coloridos, sinto que o mundo roda, como lhe compete, que
as pessoas são o mais importante, como bem sabemos...
É sinal de que
estamos vivos, de que gostamos de gostar uns dos outros. É a prova de que o calor
humano é o melhor alimento para trazer cor aos nossos dias, é o que nos faz
brilhar os olhos de esperança num futuro promissor, um futuro que é já amanhã.
Sim, porque é o dia de hoje que importa: o de hoje e o quase-amanhã. Não é o
futuro longínquo, esse pode esperar, mas aquele futuro que nos espera já ali ao
dobrar da esquina, que sabemos (julgamos) que vamos viver ... com alegria.
Paz é sentirmo-nos
bem com aquilo que temos e sentir o prazer da espera do que vem a seguir. Quão
importante é saber que há quem goste de nós, quem queira e aprecie a nossa
companhia, saber que amigas coloridas (ou não) são o sal do tempo que temos
para viver! A cor dos dias são também os amigos, os compinchas de várias
causas, os vizinhos e, como se sabe, a família ... são tudo aquilo que
precisamos para respirar, o que nos faz acordar pensando: é bom estar vivo!
Melhor do que habitar
um mundo rico de afetos, é ter o privilégio de o poder fazer em liberdade. E,
ainda, poder saborear, em paz, essa sorte que é ser gostado ... muito e por
muita gente.
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