Um abalo que depois de bem gerido até pode ser bom, se me conseguir afastar da tal origem da “bolha” que não sei bem o que é.
Eu não tinha percebido que vivia numa bolha e que isso é uma situação nefasta para alguém e se calhar até para mim. Provavelmente a culpa é minha que me meti dentro de uma bolha invisível e virtual ..,
Mas acho estranho porque a distância física e emocional já é tanta, entre mim e quem se queixa da bolha , que nem dá para perceber como ela foi criada.
Eu de bolhas percebo pouco mas julgava ser uma coisa redonda e pequenina cheia de ar. Uma espécie de campânula onde se podia ficar fechada, só ou acompanhada, numa proximidade de clausura. Uma bolha prisão, talvez.
Ou uma bolha-ninho, gaiola de portas abertas. Onde pássaros livres entram e saem quando querem , onde guardam os seus segredos escondidos nas palhinhas da cama por ambos construída ou, pelo contrário, soltam as suas histórias mais íntimas segredadas ao ouvido, em transparência e amizade, quando há confiança e alegria em partilhar intimidade.
Enquanto não entender de que bolha sou acusada, o mais sensato é nem piar, ficar à espera … distante, fria, livre, desinteressada e alerta para não cair numa bolha má, que não é a que me convém.
Temo que o vendedor de bolhas não as anda a vender às portas e a tentar convencer potenciais interessados para saber se querem bolhas, de que tipo, etc.. Talvez se admire se encontrar alguém que odeia bolhas de qualquer tipo e apenas comprará mochilas com saco-cama, para fugir para um país sem bolhas negras…

